Membro da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de Pessoas "TALITHA KUM"

28 de outubro de 2012

CRB NACIONAL REDE UM GRITO PELA VIDA REALIZA ENCONTRO DE ARTICULAÇÃO E FORMAÇÃO COM REPRESENTANTES DOS NÚCLEOS

por Eurides Oliveira

...uma relação de partilha, de articulação,
de compromisso com o outro, a outra
faz-se condição absolutamente imprescindível
para a existência humana” (J.B.Libânio)

No cumprimento de sua programação anual a Rede Um grito pela Vida realizará o Encontro ampliado da Coordenação com as referencias dos núcleos regionais, nos dias 02 a 04 de novembro de 2012, no Centro Cultural Missionário - CCM (SGAN 905 s/n md C, Brasília - DF, 70790-050, Fone: (0xx) 61 3274-3009.
O Encontro tem como objetivos:
  • Fortalecer a articulação da Rede
  • A profundar a temática do trafico de pessoas no contexto brasileiro, em tempos de grandes eventos
  • Definir estratégias de atuação na Campanha da Fraternidade 2014
  • Organizar a campanha preventiva ao tráfico de pessoas antes e durante a copa do mundo de 2014;
Este encontro é de suma importância. A dinâmica de atuação em REDE, só é possível com uma efetiva participação e articulação de seus integrantes.
Somos felizes por ver a Rede “Um grito pela Vida” crescendo e tornando-se cada vez mais um espaço de missão solidária da VRC do Brasil, ampliando suas possibilidades e sendo reconhecida como uma expressão evangélico-profética na igreja e na sociedade, através dos seus 16 núcleos existentes e os demais em fase de organização.
No entanto, diante da complexidade dos tempos atuais, da abrangência e gravidade da realidade do tráfico de pessoas, que segue com cifras elevadas, matando sonhos e ceifando vidas, precisamos cada vez mais avançar na reflexão e ação conjunta.
Nesta perspectiva o encontro tem um papel fundamental, sobretudo no tocante ao processo formativo e no planejamento das ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico de pessoas em tempos de mega eventos, quando o turismo sexual, a exploração do trabalho e a violência sexual tende a aumentar.
O encontro será dinamizado pela equipe de coordenação da REDE Ir. Eurides Alves de Oliveira. Ir. Gabriella Bottani, Ir. Roseli Consoli do Prado, Ir. Maria de Fátima Cunha, Ir. Maria de Fátima Barbosa, e contará com a assessoria do Sr. Renato Roseno.
Na força libertadora de Jesus de Nazaré, aguardamos com alegria e esperança a chegada das/os 28 participantes para partilhar, refletir, fortalecer e projetar a caminhada da REDE, num compromisso sempre efetivo de solidariedade e compromisso com a defesa da vida, ameaçada pelo drama do tráfico de pessoas.
Ir. Eurides Alves de Oliveira, ICM

26 de outubro de 2012

Rede Um Grito Pela Vida participou do Seminário da Mobilidade Humana do RS

A complexidade do fenômeno da migração foi debatida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com a realização do 1° Seminário de Mobilidade Humana. O encontro teve como tema: “Tendências e desafios no Brasil e no Rio Grande do Sul”. A Rede Um Grito Pela Vida, que integra o Fórum Permanente da Mobilidade Humana/RS participou como co-promotora do evento.

Irmã Eurides Alves de Oliveira, representante da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) na rede intercongregacional Um Grito Pela Vida, explanou sobre  o Tráfico de Pessoas no painel "Fluxos atuais da Mobilidade Humana no RS”. A religiosa ICM  abordou a realidade do Tráfico de Pessoas e  os impactos dessa rentável modalidade de crime.

Irmã Eurides afirmou que o Tráfico de Pessoas se apresenta como uma interface relevante do fenômeno da Mobilidade humana. Que “ao longo da história, os contextos da mobilidade humana e a mercantilização dos seres humanos para fins de exploração e lucro ilícito, tem tido estreita relação. Salientando que embora, migrar, ir e vir de um lugar para o outro com liberdade, seja um de direito, que deve ser preservado e garantido a toda pessoa, no sistema capitalista centrado na economia de mercado, o movimento humano é concebido como ameaça a estabilidade ou como mecanismo de obtenção de lucro, através da comercialização e exploração do corpo e da força de trabalho de milhares de mulheres e homens. Fator que se caracteriza e dá moldura a rede criminosa e altamente lucrativa do tráfico de pessoas.” Esclareceu pontos fundamentais que caracterizam este grave problema no contexto brasileiro e no Rio Grande do Sul, que como um estado fronteiriço possui uma singularidade para o tráfico de pessoas ligado ao turismo sexual.

nesta ocasião Irmã Eurides também apresentou a Rede Um grito Pela Vida, iniciativa intercongregacional da Conferência dos Religiosos/as do Brasil, CRB Nacional e integrante da Talitakun - a Rede internacional da Vida Religiosa no enfrentamento ao Tráfico Humano, coordenada pela UISG – União Internacional das superioras Maiores.

“Religiosas de várias Congregações têm nas últimas décadas, assumido mundialmente, a luta pela erradicação do tráfico de pessoas, como um campo de atuação missionária. Um espaço e causa de fronteira na qual Deus a impele a reagir e agir com solicitude e audácia profética. Sensibilizar e socializar informações sobre o Tráfico de Seres Humanos; capacitar multiplicadores, multiplicadoras para ações educativas de prevenção, assistência e incidência política na luta por políticas públicas de enfrentamento desta realidade.
O ponto alto do Seminário foi a composição do Comitê Rio Grande do Sul para migrantes, refugiados, apátridas e vítimas do tráfico de pessoas - COMIRAT com o objetivo de Incluir refugiados, migrantes e apátridas em políticas públicas, produzir conhecimento sobre estes temas e elaborar um plano de ação para estas populações e também para as vítimas do tráfico de pessoas.

AM: “Tráfico de Pessoas, desperte para esta realidade” foi tema de Seminário em Manaus

por Roselei Bertoldo
 
A Rede Um Grito Pela Vida Regional Amazonas e Roraima é constituída por um grupo de religiosas, das Congregações: Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Irmãs de São José, Franciscanas do Imaculado Coração de Maria, Cônegas de Santo Agostinho, Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora Auxiliadora, duas leigas representantes da Cáritas Arquidiocesana e um leigo da Congregação das Irmãs Salesianas.
Durante o ano, foram desenvolvidas diversas atividades na área de sensibilização, visibilização, formação, sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas, culminando com a realização do primeiro seminário Regional, Manaus/ Roraima.
O Seminário aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Amazonas e teve a presença de 164 participantes.
O tema do seminário “Tráfico de Pessoas - desperte para esta realidade”, motivou o grupo a tecer um olhar sobre a triste realidade que viola os direitos humanos e teve como objetivo: Sensibilizar e compartilhar informações sobre o tráfico de pessoas; capacitar multiplicadoras e multiplicadores para ações de prevenção e assistência; intensificar a luta por políticas de enfrentamento ao tráfico humano na região amazônica.
O bispo auxiliar de Manaus, Dom Mario da Silva, ao fazer a abertura do evento, elogiou a iniciativa da
A Rede Um Grito Pela Vida Regional Amazonas e Roraima é constituída por um grupo de religiosas, das Congregações: Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Irmãs de São José, Franciscanas do Imaculado Coração de Maria, Cônegas de Santo Agostinho, Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora Auxiliadora, duas leigas representantes da Cáritas Arquidiocesana e um leigo da Congregação das Irmãs Salesianas.
Durante o ano, foram desenvolvidas diversas atividades na área de sensibilização, visibilização, formação, sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas, culminando com a realização do primeiro seminário Regional, Manaus/ Roraima.
O Seminário aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Amazonas e teve a presença de 164 participantes.
O tema do seminário “Tráfico de Pessoas - desperte para esta realidade”, motivou o grupo a tecer um olhar sobre a triste realidade que viola os direitos humanos e teve como objetivo: Sensibilizar e compartilhar informações sobre o tráfico de pessoas; capacitar multiplicadoras e multiplicadores para ações de prevenção e assistência; intensificar a luta por políticas de enfrentamento ao tráfico humano na região amazônica.
O bispo auxiliar de Manaus, Dom Mario da Silva, ao fazer a abertura do evento, elogiou a iniciativa da Rede em organizar, “em preparar e realizar o Seminário, que pela sua temática nos causa espanto, mas solicita um compromisso”. O bispo afirmou que o tráfico de pessoas é uma moderna forma de escravidão, que abrange muitas pessoas no mundo todo e disse que “é impossível ficar indiferente diante desse problema que vitima muitas pessoas.” Jesus no evangelho diz: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância. Enquanto todos não tenham essa vida em abundância, faz se necessário o nosso trabalho. A CRB tem linhas que apontam para a defesa da vida, que é dom de Deus e, está no centro da missão de Jesus. As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja apela que a vida de muitos excluídos, marginalizados, traficados contradizem o plano de vida em abundância. O Documento de Aparecida, quando fala da dignidade humana, chama-nos a atenção dos novos rostos sofredores, que são 23, dentre eles o tráfico humano, que está no quarto lugar. Como seguidores de Cristo não podemos nos calar diante da ausência de dignidade da vida. Esse seminário é um momento de comprometer-se, de refletir e tomar uma postura. Esse espaço é um grito pela vida, abrir os olhos e estender as mãos para ajudar as pessoas traficadas para exploração sexual, venda de órgãos ou trabalho escravo.
Levítico 25, 38-43 - Eu sou Javé o seu Deus, que vos tirei do Egito e de dar a terra de Canaã.... É um texto que nos convida em dar um grito em favor da vida, para que se rompa, se erradique o ciclo vicioso do tráfico de pessoas. Finalizou suplicando as bênçãos de Deus sobre todos.

Ir. Paulina Pavéz Lagos, Coordenadora Regional da CRB - AM/RR, sensibilizou o grupo por meio da dinâmica de fechar os ouvidos, os olhos e a boca, não permitindo ouvir, ver, falar. As pessoas que são traficadas também são caladas. Portanto, essa Rede nos chama a direcionar as nossas ações para a defesa da vida, indo até as fronteiras da realidade humana e nos sensibilizar com a dor e sofrimento dos irmãos e irmãs. A família é a primeira vítima em relação ao tráfico, porque estão excluídas das necessidades básicas: comida, trabalho, educação, saúde, moradia, lembrou o texto do bom samaritano, que estava a caminho, mas deixou-se sensibilizar pela necessidade do ferido, da pessoa que estava vulnerável e restabeleceu sua dignidade.
É necessário unir forças e acreditar na vida e na felicidade, mas para isso é preciso abrir nossos olhos, ouvidos e boca e gritar e investir nesta ação. Vamos fortalecer essa rede, somar, comprometer-se. O apelo está lançado. Sejamos livres e façamos opção pela liberdade.
Na mesa de debate, contamos com a contribuição do senhor Sérgio Lúcio Mar dos Santos Fontes - Superintendente da Polícia Federal do Amazonas, que afirmou: “A Polícia Federal se apresenta como órgão oficial de investigação de casos de tráfico de pessoas, por se tratar de crimes internacionais (e interestaduais). A fiscalização nas fronteiras também faz parte da sua competência, além da expedição de passaportes”.
Os países possuem as suas fronteiras abertas, porém como são, na sua grande maioria, extensas, permitem o tráfico de pessoas, armas, drogas, produtos e outros contrabandos, a Polícia Federal tem grande dificuldade de controlar o tráfico, principalmente humano, por ser a terceira economia mundial ilícita. Prosseguiu a apresentação, trazendo diversos elementos que coíbe o tráfico, ainda afirmou que qualquer iniciativa para tirar o problema das sombras, ajudar a refletir e auxiliar no combate contra o tráfico de seres humanos para exploração sexual, trabalho escravo ou tráfico de órgãos é louvável e necessário. O estado e a sociedade, infelizmente são a parte mais fraca. O tráfico é mais forte e organizado, por se tratar, principalmente, de uma das economias mais rentáveis, porém extremamente ilegal.
Valiosa a contribuição da professora Iraildes Caldas, onde afirma que o tráfico de mulheres é uma ferramenta moderna de escravidão, de rapto e cerceamento de liberdade, que assume formas sofisticadas com característica empresarial de um grande negócio, tal qual representou o tráfico negreiro para o capitalismo nas sociedades modernas.
O Brasil é o maior exportador de mulheres das Américas. Envolvidas pela fala macia dos aliciadores, que lhes fazem falsas promessas de melhoria de vida, casamento no exterior e escalada econômica rápida, meninas e mulheres embarcam numa viagem de terror. Todos os anos, cerca de 60 mil brasileiras são vitimas do tráfico de pessoa (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/2007). Ao todo, o mercado movimenta cerca de 2,5 milhões de pessoas e mais de US$ 32 bilhões (50 bilhões de reais), afirma o UNODC – Escritório da ONU sobre Drogas e Crime. Só perde para o comércio de drogas como crime organizado.
Ressalta que a pesquisa é uma ferramenta que auxilia o Estado, para que dê passos no combate ao tráfico de pessoas, pois o problema existe e vitimiza muitas vidas.
Não se pode deixar de reconhecer que o Brasil deu um passo à frente com a implantação do I Plano Nacional, principalmente porque instituiu núcleos de enfrentamento ao tráfico nos estados. São Paulo é o Estado onde o núcleo encontra-se em situação mais avançada.
O Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas prevê a criação de centros de atendimento específicos para as mulheres que retornam ao seu país. A articulação com redes de atenção no exterior é outra intenção do Plano, já que muitas instituições que cuidam de brasileiras traficadas não sabem para aonde encaminhá-las quando são resgatadas, para enviá-las de volta aos seus países. Ressaltou a importância das universidades abrirem editais para que alunos e alunas, professores possam fazer pesquisas nesta área, contribuindo na coleta de dados sobre o tráfico de pessoas e publicação de materiais.
A terceira colocação foi realizada pela Maria das Graças Soares Prola - Secretaria da Assistência Social do Estado, que abordou a questão do Tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para fins de exploração comercial.
Em Manaus se encontra a figura do agenciador, que se colocava nas praças e observava as mulheres e crianças para depois abordá-las e fazer a proposta de exploração sexual. O mercador é o responsável de fazer o transporte, normalmente burlando a lei, com trânsito nos órgãos públicos, realizando o tráfico utilizando documentação falsificada. O receptor tem a finalidade de acolher a pessoa traficada no local de destino, segurar os documentos até a quitação da dívida. O tráfico tem capilaridade em todos os estados e países, por ser um crime organizado.
Em Manaus, as ações do governo são: presença efetiva nas festas culturais em toda a região por meio de panfletagem, presença nos Centros de Referência da Assistência Social e Centro de Referência Especializada de Assistência Social - CREAS; Centro de Referência da Mulher; Disque Denúncia 100, 180; atividades em conjunto com o turismo; projetos vinculados com crianças e adolescentes em horário oposto ao escolar. Após as colocações, foram feitas diversas perguntas, dando ênfase as ações de prevenção e repressão ao tráfico de pessoas na região amazônica.
Irmã Roselei Bertoldo, ICM, socializou a forma com que a Rede Um Grito Pela Vida se articula nos diversos estados e as ações que a mesma desenvolve em nível nacional e local, trazendo presente as atividades desenvolvidas na Amazônia. Salientou a dificuldade em abordar o tema nos diversos espaços, pois há um silêncio muito grande na sociedade com relação a esta problemática.
Em Manaus, ultimamente os meios de comunicação tem divulgado muitos nomes de pessoas desaparecidas, isso não significa que todos eles tem sido para o tráfico, porem é necessário que se desconfie e se faça investigações, pois dois casos de adolescentes desaparecidas foram aliciadas para a exploração sexual e esta sob investigação da policia federal, isso nos alerta para estarmos atentas.
Ainda ressaltou a necessidade de uma articulação mais ampla com as instituições, para poder realizar um trabalho integrado de enfrentamento, uma vez que a rede do tráfico é bem organizada.
Professora Márcia Oliveira, socializou a pesquisa realizada sobre o Tráfico internacional de mulheres da Amazônia para Espanha, trazendo presente elementos com que fazem as mulheres migrarem e as formas de aliciamento das mesmas. Ressaltou a importância da pesquisa e o objetivo é problematizar o tema e a atuação das redes internacionais do tráfico de mulheres do Amazonas, considerando essa questão como um dos piores atentados contra os direitos humanos e uma das mais perversas formas de violência contra as mulheres no mundo atual; Estudar o tráfico e o comércio internacional de mulheres na Amazônia e o estudo de gênero com a finalidade de desnaturalizar e desculturalizar a temática, visando a perspectiva da desconstrução; Oferecer elementos teóricos, a luz do estudo de gênero, para manter um debate permanente do tema em nível internacional; Despertar a consciência de que se trata de um problema que envolve tanto a sociedade de origem como a sociedade de destino do tráfico de mulheres.
A pesquisa foi realizada com jovens amazonenses que foram traficadas para a Espanha e hoje fazem parte do sistema rotativo dos clubes espanhóis, trabalhando até 15 horas de trabalho diário, de forma informal e que encontram de forma irregular no país. Trouxe e presente - Dividas contraídas pelas vítimas - passagens; o processo permanente de endividamento - alojamento, comida, multas cobradas por qualquer infração ou falha.
A necessidade de realizar um trabalho de enfrentamento ao tráfico de pessoas, de formação e sensibilização da sociedade sobre este problema, fazendo com que as pessoas estejam informadas e não caiam na trama do tráfico.
O grupo foi provocado a levantar algumas atividades ou ações possíveis para o enfrentamento ao tráfico de pessoas na região amazônica: Ampliar a rede de enfretamento ao tráfico de pessoas; estar mais presentes nas escolas e auxiliar as secretarias de educação a colocarem em prática o Plano Nacional Enfrentamento do Tráfico de Seres Humanos; fazer uma
grande caminhada de conscientização no início de 2013; articular uma comissão de representatividade de todos os segmentos que abordam a temática e conversar com os novos dirigentes municipais, bem como os estatuais, para exigir um trabalho mais efetivo em relação ao tráfico de pessoas; ampliar os debates e estudos de pesquisa; atuar nos municípios, em especial onde acontecem as festas temáticas e nas fronteiras que tem maior índice de rotas do tráfico em nossa região; aproveitar a CF 2014 para desenvolver um processo de formação junto as paróquias e comunidades, tendo uma maior abrangência da população, em especial as mais vulneráveis.

David Tuniz integrante da Rede, apresentou alguns aspectos do Seminário Internacional, o qual participou na Italia, com o tema: O fenomeno della tratta a scopo di sfruttamento sessuale e il suo indotto (O fenômeno do tráfico por exploração sexual e suas implicações) que aconteceu na Itália, no dia 08 de outubro de 2012, destacando que a Itália é um dos maiores países do destino de pessoas para exploração sexual e trabalho escravo, pois o custo é baixo. Os clubes italianos que trabalham com a exploração sexual apresentam as jovens como se fossem verdadeiras mercadorias, com elaboração de cardápios que destacam suas características: mansa, pode bater - mas só um pouco. Outra coisa alarmante desse comércio de violação dos direitos humanos.
O seminário foi concluído com o ritual de lançamento do livro Tráfico de Mulheres na Amazônia, de Iranildes Caldas Torres e Márcia Maria de Oliveira, o que muito vem a contribuir com a prevenção ao trafico de pessoas na Amazônia.
Ir. Fabiana agradeceu a todos e todas que contribuíram para a realização deste Seminário, bem como todos os participantes. O trabalho é grande e árduo, mas não podemos desanimar, porque muitas vítimas estão clamando por dignidade e justiça.
Rede em organizar, “em preparar e realizar o Seminário, que pela sua temática nos causa espanto, mas solicita um compromisso”. O bispo afirmou que o tráfico de pessoas é uma moderna forma de escravidão, que abrange muitas pessoas no mundo todo e disse que “é impossível ficar indiferente diante desse problema que vitima muitas pessoas.” Jesus no evangelho diz: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância. Enquanto todos não tenham essa vida em abundância, faz se necessário o nosso trabalho. A CRB tem linhas que apontam para a defesa da vida, que é dom de Deus e, está no centro da missão de Jesus. As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja apela que a vida de muitos excluídos, marginalizados, traficados contradizem o plano de vida em abundância. O Documento de Aparecida, quando fala da dignidade humana, chama-nos a atenção dos novos rostos sofredores, que são 23, dentre eles o tráfico humano, que está no quarto lugar. Como seguidores de Cristo não podemos nos calar diante da ausência de dignidade da vida. Esse seminário é um momento de comprometer-se, de refletir e tomar uma postura. Esse espaço é um grito pela vida, abrir os olhos e estender as mãos para ajudar as pessoas traficadas para exploração sexual, venda de órgãos ou trabalho escravo.
Levítico 25, 38-43 - Eu sou Javé o seu Deus, que vos tirei do Egito e de dar a terra de Canaã.... É um texto que nos convida em dar um grito em favor da vida, para que se rompa, se erradique o ciclo vicioso do tráfico de pessoas. Finalizou suplicando as bênçãos de Deus sobre todos.

Ir. Paulina Pavéz Lagos, Coordenadora Regional da CRB - AM/RR, sensibilizou o grupo por meio da dinâmica de fechar os ouvidos, os olhos e a boca, não permitindo ouvir, ver, falar. As pessoas que são traficadas também são caladas. Portanto, essa Rede nos chama a direcionar as nossas ações para a defesa da vida, indo até as fronteiras da realidade humana e nos sensibilizar com a dor e sofrimento dos irmãos e irmãs. A família é a primeira vítima em relação ao tráfico, porque estão excluídas das necessidades básicas: comida, trabalho, educação, saúde, moradia, lembrou o texto do bom samaritano, que estava a caminho, mas deixou-se sensibilizar pela necessidade do ferido, da pessoa que estava vulnerável e restabeleceu sua dignidade.
É necessário unir forças e acreditar na vida e na felicidade, mas para isso é preciso abrir nossos olhos, ouvidos e boca e gritar e investir nesta ação. Vamos fortalecer essa rede, somar, comprometer-se. O apelo está lançado. Sejamos livres e façamos opção pela liberdade.
Na mesa de debate, contamos com a contribuição do senhor Sérgio Lúcio Mar dos Santos Fontes - Superintendente da Polícia Federal do Amazonas, que afirmou: “A Polícia Federal se apresenta como órgão oficial de investigação de casos de tráfico de pessoas, por se tratar de crimes internacionais (e interestaduais). A fiscalização nas fronteiras também faz parte da sua competência, além da expedição de passaportes”.
Os países possuem as suas fronteiras abertas, porém como são, na sua grande maioria, extensas, permitem o tráfico de pessoas, armas, drogas, produtos e outros contrabandos, a Polícia Federal tem grande dificuldade de controlar o tráfico, principalmente humano, por ser a terceira economia mundial ilícita. Prosseguiu a apresentação, trazendo diversos elementos que coíbe o tráfico, ainda afirmou que qualquer iniciativa para tirar o problema das sombras, ajudar a refletir e auxiliar no combate contra o tráfico de seres humanos para exploração sexual, trabalho escravo ou tráfico de órgãos é louvável e necessário. O estado e a sociedade, infelizmente são a parte mais fraca. O tráfico é mais forte e organizado, por se tratar, principalmente, de uma das economias mais rentáveis, porém extremamente ilegal.
Valiosa a contribuição da professora Iraildes Caldas, onde afirma que o tráfico de mulheres é uma ferramenta moderna de escravidão, de rapto e cerceamento de liberdade, que assume formas sofisticadas com característica empresarial de um grande negócio, tal qual representou o tráfico negreiro para o capitalismo nas sociedades modernas.
O Brasil é o maior exportador de mulheres das Américas. Envolvidas pela fala macia dos aliciadores, que lhes fazem falsas promessas de melhoria de vida, casamento no exterior e escalada econômica rápida, meninas e mulheres embarcam numa viagem de terror. Todos os anos, cerca de 60 mil brasileiras são vitimas do tráfico de pessoa (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/2007). Ao todo, o mercado movimenta cerca de 2,5 milhões de pessoas e mais de US$ 32 bilhões (50 bilhões de reais), afirma o UNODC – Escritório da ONU sobre Drogas e Crime. Só perde para o comércio de drogas como crime organizado.
Ressalta que a pesquisa é uma ferramenta que auxilia o Estado, para que dê passos no combate ao tráfico de pessoas, pois o problema existe e vitimiza muitas vidas.
Não se pode deixar de reconhecer que o Brasil deu um passo à frente com a implantação do I Plano Nacional, principalmente porque instituiu núcleos de enfrentamento ao tráfico nos estados. São Paulo é o Estado onde o núcleo encontra-se em situação mais avançada.
O Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas prevê a criação de centros de atendimento específicos para as mulheres que retornam ao seu país. A articulação com redes de atenção no exterior é outra intenção do Plano, já que muitas instituições que cuidam de brasileiras traficadas não sabem para aonde encaminhá-las quando são resgatadas, para enviá-las de volta aos seus países. Ressaltou a importância das universidades abrirem editais para que alunos e alunas, professores possam fazer pesquisas nesta área, contribuindo na coleta de dados sobre o tráfico de pessoas e publicação de materiais.
A terceira colocação foi realizada pela Maria das Graças Soares Prola - Secretaria da Assistência Social do Estado, que abordou a questão do Tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para fins de exploração comercial.
Em Manaus se encontra a figura do agenciador, que se colocava nas praças e observava as mulheres e crianças para depois abordá-las e fazer a proposta de exploração sexual. O mercador é o responsável de fazer o transporte, normalmente burlando a lei, com trânsito nos órgãos públicos, realizando o tráfico utilizando documentação falsificada. O receptor tem a finalidade de acolher a pessoa traficada no local de destino, segurar os documentos até a quitação da dívida. O tráfico tem capilaridade em todos os estados e países, por ser um crime organizado.
Em Manaus, as ações do governo são: presença efetiva nas festas culturais em toda a região por meio de panfletagem, presença nos Centros de Referência da Assistência Social e Centro de Referência Especializada de Assistência Social - CREAS; Centro de Referência da Mulher; Disque Denúncia 100, 180; atividades em conjunto com o turismo; projetos vinculados com crianças e adolescentes em horário oposto ao escolar. Após as colocações, foram feitas diversas perguntas, dando ênfase as ações de prevenção e repressão ao tráfico de pessoas na região amazônica.
Irmã Roselei Bertoldo, ICM, socializou a forma com que a Rede Um Grito Pela Vida se articula nos diversos estados e as ações que a mesma desenvolve em nível nacional e local, trazendo presente as atividades desenvolvidas na Amazônia. Salientou a dificuldade em abordar o tema nos diversos espaços, pois há um silêncio muito grande na sociedade com relação a esta problemática.
Em Manaus, ultimamente os meios de comunicação tem divulgado muitos nomes de pessoas desaparecidas, isso não significa que todos eles tem sido para o tráfico, porem é necessário que se desconfie e se faça investigações, pois dois casos de adolescentes desaparecidas foram aliciadas para a exploração sexual e esta sob investigação da policia federal, isso nos alerta para estarmos atentas.
Ainda ressaltou a necessidade de uma articulação mais ampla com as instituições, para poder realizar um trabalho integrado de enfrentamento, uma vez que a rede do tráfico é bem organizada.
Professora Márcia Oliveira, socializou a pesquisa realizada sobre o Tráfico internacional de mulheres da Amazônia para Espanha, trazendo presente elementos com que fazem as mulheres migrarem e as formas de aliciamento das mesmas. Ressaltou a importância da pesquisa e o objetivo é problematizar o tema e a atuação das redes internacionais do tráfico de mulheres do Amazonas, considerando essa questão como um dos piores atentados contra os direitos humanos e uma das mais perversas formas de violência contra as mulheres no mundo atual; Estudar o tráfico e o comércio internacional de mulheres na Amazônia e o estudo de gênero com a finalidade de desnaturalizar e desculturalizar a temática, visando a perspectiva da desconstrução; Oferecer elementos teóricos, a luz do estudo de gênero, para manter um debate permanente do tema em nível internacional; Despertar a consciência de que se trata de um problema que envolve tanto a sociedade de origem como a sociedade de destino do tráfico de mulheres.
A pesquisa foi realizada com jovens amazonenses que foram traficadas para a Espanha e hoje fazem parte do sistema rotativo dos clubes espanhóis, trabalhando até 15 horas de trabalho diário, de forma informal e que encontram de forma irregular no país. Trouxe e presente - Dividas contraídas pelas vítimas - passagens; o processo permanente de endividamento - alojamento, comida, multas cobradas por qualquer infração ou falha.
A necessidade de realizar um trabalho de enfrentamento ao tráfico de pessoas, de formação e sensibilização da sociedade sobre este problema, fazendo com que as pessoas estejam informadas e não caiam na trama do tráfico.
O grupo foi provocado a levantar algumas atividades ou ações possíveis para o enfrentamento ao tráfico de pessoas na região amazônica: Ampliar a rede de enfretamento ao tráfico de pessoas; estar mais presentes nas escolas e auxiliar as secretarias de educação a colocarem em prática o Plano Nacional Enfrentamento do Tráfico de Seres Humanos; fazer uma
grande caminhada de conscientização no início de 2013; articular uma comissão de representatividade de todos os segmentos que abordam a temática e conversar com os novos dirigentes municipais, bem como os estatuais, para exigir um trabalho mais efetivo em relação ao tráfico de pessoas; ampliar os debates e estudos de pesquisa; atuar nos municípios, em especial onde acontecem as festas temáticas e nas fronteiras que tem maior índice de rotas do tráfico em nossa região; aproveitar a CF 2014 para desenvolver um processo de formação junto as paróquias e comunidades, tendo uma maior abrangência da população, em especial as mais vulneráveis.

David Tuniz integrante da Rede, apresentou alguns aspectos do Seminário Internacional, o qual participou na Italia, com o tema: O fenomeno della tratta a scopo di sfruttamento sessuale e il suo indotto (O fenômeno do tráfico por exploração sexual e suas implicações) que aconteceu na Itália, no dia 08 de outubro de 2012, destacando que a Itália é um dos maiores países do destino de pessoas para exploração sexual e trabalho escravo, pois o custo é baixo. Os clubes italianos que trabalham com a exploração sexual apresentam as jovens como se fossem verdadeiras mercadorias, com elaboração de cardápios que destacam suas características: mansa, pode bater - mas só um pouco. Outra coisa alarmante desse comércio de violação dos direitos humanos.
O seminário foi concluído com o ritual de lançamento do livro Tráfico de Mulheres na Amazônia, de Iranildes Caldas Torres e Márcia Maria de Oliveira, o que muito vem a contribuir com a prevenção ao trafico de pessoas na Amazônia.
Ir. Fabiana agradeceu a todos e todas que contribuíram para a realização deste Seminário, bem como todos os participantes. O trabalho é grande e árduo, mas não podemos desanimar, porque muitas vítimas estão clamando por dignidade e justiça.

19 de outubro de 2012

CRB-Rede Um Grito pela Vida, Regional Goiânia Encontro Regional de Capacitação para Multiplicadores da Rede Um Grito Pela Vida.

Por ir. Maria Inês Alves Sampaio

De olhos fixos em Jesus para não perder a essência da missão”!
Somos convocadas (os) a ver, ouvir e sentir os gritos do povo. Este é um dos tantos gritos da humanidade que clamam por nossa presença.
Este encontro quer ser uma oportunidade de aprofundamento e reflexão sobre a realidade do Trafico de pessoas presente em nossa região, no estado, no Brasil e no mundo.
E considerando a postura da CRB como formadora de opinião e multiplicadora de informações, no enfrentamento ao tráfico de pessoas. Queremos através de este encontro divulgar as ações, os objetivos e missão da “Rede Um Grito Pela Vida.
A Rede assume como prioridade a formação de grupos de conscientização sobre a prevenção do tráfico de seres humanos e suas trágicas consequências como: a exploração sexual infanto juvenil, o trafico de órgãos, a exploração sexual de mulheres e o trabalho escravo a fim de dar visibilidade ao problema.
A CRB - Regional de Goiânia desafiada assume esta causa e convoca você para participar e conhecer esta triste realidade. Pois sabemos, que “O enfrentamento ao tráfico de Pessoas tem três pilares de sustentação: Prevenção ao Tráfico de Pessoas, a repressão e responsabilização dos autores e a atenção às vítimas. A responsabilização e punição dos criminosos são tarefas que se constituem em responsabilidade unicamente do Estado, por meio de suas polícias e de seu aparato jurídico. O atendimento à vítima, também é uma responsabilidade do Estado, mas que a sociedade civil pode ser parceira. Entretanto, é na prevenção que a sociedade civil pode “nadar de braçada”, apesar do Estado também atuar nessa área “(cf.Ministério da Justiça/ Secretaria Nacional da Justiça p.22).
Como Rede de prevenção e sensibilização da população é uma das ações da Rede um Grito Pela vida.
Teremos como assessoria a coordenadora Nacional da Rede Um Grito pela Vida- Ir. Eurides Alves de Oliveira e Representantes da SEMIRA (Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção de Igualdade Racial) membros do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento ao Trafico de Pessoas. NETP-GO.
Venha Participar desse encontro!
Inscreva-se na CRB -Regional Goiânia até o dia 20/11.
Dia: 24.11.2012
Horário: 08:00 às 17:00
Local: Centro Cultural Cara Vídeo (Rua 83, 361, no Setor Sul – Próximo à Praça Cívica)
Contribuição: R$15,00
Aguardamos você com muita alegria e esperança!

11 de outubro de 2012

Teresina: Rede um grito pela vida constrói espaço



A Rede Um Grito Pela Vida esteve nesta manhã de terça-feira 09 de outubro de 2012, reunido com o Arcebispo de Teresina Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho para partilhar ações realizadas no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao mesmo tempo pedir apoio para formações de prevenção a serem realizadas no ano de 2013.
Na ocasião Dom Jacinto fez algumas indagações sobre o Trabalho da Rede no Estado do Piauí, bem como em que poderíamos somar forças. Por fim, nos indicou o Padre Gonçalo Teixeira Lima, responsável pelas Pastorais, que se disponibilizou em incluir na agenda da Arquidiocese ações de sensibilização previstas para setembro de 2013 com Sacerdotes e demais Pastorais da Diocese
 


Manaus - I seminario estadual


A Rede Um Grito pela Vida, convida você para participar do I Seminário Estadual sobre Erradicação do Tráfico de Pessoas.


20 de outubro de 2012
Das 08:00h às 17:00h
Auditório da UEA
Cachoeirinha -Manaus
 
Objetivo: Sensibilizar e compartilhar informações sobre o tráfico de pessoas; capacitar multiplicadoras e multiplicadores para ações de prevenção e assistência,  intensificar a luta por políticas de enfrentamento ao tráfico humano.

Programação:

08:00h Abertura do Seminário  Coordenação da Rede e Dom  Mário Antonio  da Silva.
09:00h às 12:00h Mesa de debate
Policia Federal do Amazonas
Ações de prevenção, enfrentamento e repressão que esta instituição desenvolve, trazendo presente os dados e rotas do tráfico no Estado do Amazonas?
Universidade Federal do Amazonas
Professora Doutora Iraildes Caldas Torres.
Panorama atual da realidade do tráfico de pessoas e a contribuição da Universidade.
Secretaria da Justiça e Direitos Humanos – SEJUS
Sra. Micheli Custodio
Atuação da SEJUS no enfrentamento ao tráfico de pessoas, na perspectiva dos direitos Humanos e dados atuais de denuncia sobre o tráfico no Amazonas
Secretaria da Assistência Social
Sra. Maria das Graças Soares Prola
A realidade do tráfico de crianças e adolescentes no Estado do Amazonas, dados e as ações do poder público no enfrentamento a este crime
Rede Um Grito Pela Vida
Irmà Roselei Bertoldo
Ações que a rede desenvolve na prevenção ao tráfico de pessoas.

12:30h Almoço
Apresentaçao cultural
14:00h as 16:30h 
Porfessora Márcia Maria de Oliveira
Realidade do tráfico de pessoas na Amazonia 
Debate
Construção de ações que podemos realizar para Erradicar o trafico de pessoas em nosso Estado.
Lançamento do Livro sobre tráfico de pessoas no Amazonas.
17:00h encerramento

Ficha de inscrição pode ser preenchida no dia do seminário.
Valor R$10,00. Terá certificado de participação.
OBS repassem a seus contatos.

7 de outubro de 2012

CRB Realiza Encontro para Discutir o Enfrentamento e Erradicação do Trafico de Seres Humanos

 
Reunindo cerca de 23 participantes, a Conferência dos Religiosos do Brasil realizou, no sábado, dia 22 de Setembro, o Encontro Rede um Grito Pela Vida. A proposta do evento foi comemorar o Dia Mundial de Combate e Prevenção do Tráfico de Pessoas, divulgar os materiais informativos, fortalecer a Rede no Regional, Repassar o encaminhamento do 1º Nordestão da Rede e propor atividades para o Regional Nordeste 4.
O encontro aconteceu na sede da CRB em Teresina, na reunião estiveram presentes as Irmãs de São José de Concórdia, Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Irmãs Filhas de Jesus, Ordem dos Frades Menores, Movimento dos trabalhadores Cristãos, CPT, Comunidade Sabrina Petrini, Missionárias Sagrado Coração de Jesus, Serviço Pastoral do Migrante, Catequistas Franciscanas, Irmãs Calvarianas e Irmãs Carlistas Scalabrinianas.
A reunião começou com uma mística e reflexão sobre o profetismo, como permanecer calado diante das injustiças provocadas pelo tráfico de pessoas e quais os desafios para combater o tráfico. Respondendo a essas questões, a Ir, Nair – Irmã de São José, sintetizou algumas ideias discutidas. “Ser profeta é lutar no dia a dia para o combate, denuncia e prevenção do tráfico de seres humanos. O grande desafio hoje é discutir, tomar uma posição para refletir com esse grupo social, pois o recrutamento, transporte e transferência de pessoas acontece de forma camuflada e são vários fatores que a influência, como: economia, sociedade, educação, desemprego e entre outros”, disse.
Logo após a reflexão, a Irmã Calvariana, Margarida Silva, comentou sobre a memória da Rede Um Grito Pela Vida. Segundo a religiosa o trabalho da rede 'Um Grito pela Vida', tem atuação desde 2006 e trabalha para na conscientização e na luta por políticas públicas para erradicar enfrentar e conhecer o tráfico de seres humanos. “A rede 'Um Grito pela Vida' foi uma resposta da Vida Religiosa por meio do Papa e tem o objetivo de sensibilizar e socializar informações sobre o Tráfico de Seres Humanos; No Piauí temos 7 representantes que tem a corresponsabilidade de capacitar multiplicadores em toda região Nordeste, no intuito de formar, sensibilizar e divulgar ações de prevenção para o enfrentamento desta realidade”, enfatizou.
Ainda de acordo com a Ir. Margarida Silva, a Rede Um Grito Pela Vida é ancorada em quatro eixos de combate, são eles: Trabalho escravo, Exploração sexual, Servidão domestica e venda de órgãos. “ Os principais alvo do tráfico são mulheres, adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade social e as principais causas desse grande mal, são: Desemprego, desigualdade social, discriminação de gênero, violência domestica, turismo sexual, imigração ilegal e etc”, disse.
De acordo com Missionária do Sagrado Coração de Jesus, Ir. Denise Alves Morra, temos que “ficar de olho”, nos grandes eventos Festivos que vão acontecer no Brasil em 2013 e 2014, como Por exemplo, a JMJ – Jornada Mundial da Juventude e Copa do Mundo, pois nesse período haverá um grande recrutamento para o tráfico de pessoas. “Temos que fazer um mapeamento sobre os dados, informações que existe em relação à Copa, embora o Piauí não seja uma das sedes do evento, temos que ter atenção pois seremos rota, então temos que ter metas para a prevenção do Tráfico de Pessoas promovendo ações que sensibilize, informe, promova atividades, campanhas e entre outros.
Os participantes concluíram o Encontro desenvolvendo o novo calendário de atividades para o ano de 2013 e divulgando algumas reuniões que ainda acontecerão em 2012. Como:
Dia 27 de setembro – Em Teresina, Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus promoverá manhã de Comemoração em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas.
Dia 02 de outubro - Reunião em Picos.

23 de setembro - Dia Internacional Contra o Tráfico de Seres Humanos, Rede Um grito pela Vida - CRB - Regional BA/SE

Anexos:
- Panfleto: Tráfico de Pessoas - Fique de Olho!
- Oração pelas vítimas do tráfico humano.
 
CONHECER, ENFRENTAR,
ERRADICAR O TRÁFICO DE PESSOAS
É NOSSO COMPROMISSO.
JUNTE-SE A NÓS!
 
TRÁFICO DE PESSOAS O QUE É?
Recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitacão de pagamento ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração
(ONU, 2000)
 
TRÁFICO DE PESSOAS É
UMA GRAVE VIOLAÇÃO
DOS DIREITOS HUMANOS.
 
É um crime realizado com o propósito de:
• exploração na indústria do sexo
• servidão doméstica
• trabalho escravo
• venda de órgãos
 
Quem trafica pode estar perto de você!
Um amigo/a conhecido/a que promete realizar seus sonhos oferecendo trabalho com um ganho fácil e imediato, dentro do país ou no exterior:
 
Quem são as pessoas em risco:
• Mulheres, adolescentes e crianças
• Desempregados
• Jovens em busca de trabalho ou realização de sonhos.

O Brasil é um país de origem, trânsito e destino para o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual comercial e outras formas de exploração do trabalho forçado. É um dos principais destinos mundiais usado para o turismo sexual. Há também um grave problema de tráfico interno de crianças, jovens e adultos para trabalho escravo na agricultura, carvoarias e de imigrantes em situação de escravidão.  
O QUE FAZER?
 SOCIALIZAR INFORMAÇÕES.
 REALIZAR AÇÕES EDUCATIVAS DE PREVENÇÃO.
 INTENSIFICAR POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE E AS MULHERES.
 ARTICULAR E INTEGRAR AÇÕES DE APOIO E ASSITÊNCIA ÀS VITIMAS.                          
 FAZER PARCERIAS COM ORGÃOS GOVERNAMENTAIS E NÃO-GOVERNAMENTAIS.

 
DÊ ESTE GRITO PELA VIDA!
REPASSE PARA OS SEUS CONTATOS!!!
 
Permaneçamos unidas e unidos, confiantes no Deus que tece a Rede da Vida.
Vem, entra na Rede com a gente também.
Você é muito importante, VEM!

Seminàrio Mobilidade Humana


     Nos dias 29 e 30 de agosto proximo passado alguns membros da nossa rede Um grito pela vida participou do
Seminário Mobilidade Humana, organizado pela Arquidiocese de S. Paulo.
Na aberturo D. Odilo P. Sherer saudou os participantes  e de modo especial os organizadores: Caritas, etc....
     Foi emocionante o testemunho uma imigrante e uma refugiada.
A seguir foram tratados temas interessantissimos como:O direto de migrar;
o compromisso da Igreja:o que temos feito, onde temos feito e porque temos feito;
responsabilidade do Estado: o que têm sido feito e o que é necesário fazer;
mobilidade humana: de onde e porque?;
a pessoa como coisa: trafico de pessoas; saúde mental: um jeito de ser e estar.
     Cada um testes temas foi apresentada por pessoas competentes em suas áres de estauo e trabalho, seja da Igreja como
do Estado e seguido por debate.
Para nós, que participamos ir Antonietta, ir Lourdes B., ir Maria Elena, ir Anailda, ir Danielle, ir Guadalupe e Gilson
foi de grande enriquecimento devido aos temas tratados como também pela troca de experiências e comunicação.
Foi também consolador saber que embora exista uma rede do mal, existe uma grande rede fazendo o bem, ou melhor
procurando caminhos para dar mais dignidade às pessoas que migram e se refugiam em nosso país.

7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas na América Latina

Oito da Rede Um Grito pela Vida de São Paulo participaram neste Encontro Internacional: Gilson Reis, Ir. Maria Elena Buzato, Ir. Lourdes Bonapaz, Ir. Maria de Lourdes Teixeira, Sonia Regina de Oliveira, da PMM, Ir. Manuela R. PIneres, Ir. Anaílda Melo e Antonietta Abreu