O crime é considerado o terceiro mais lucrativo no mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), perde apenas para o tráfico de drogas e de armas.
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Membro da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de Pessoas "TALITHA KUM"
30 de novembro de 2012
Entrevista sobre tráfico de pessoas
O crime é considerado o terceiro mais lucrativo no mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), perde apenas para o tráfico de drogas e de armas.
Trabalhadores mantidos em regime de trabalho escravo são resgatados no interior do AM
Fonte: Jornal a Critica AM 29.11.2012
Trabalhadores mantidos em regime de trabalho escravo são resgatados no interior do AM
Grupo
de 12 pessoas, entre elas dois menores, que atuavam como pescadores e
transportadores de madeira, foram descobertos em meio às ações de
combate a crimes ambientais, pelo Batalhão Ambiental, nos municípios de
Codajás e Manacapuru, em parceria com a SRTE-AM
Um
grupo de 12 trabalhadores mantidos em regime escravo, que atuavam como
pescadores e transportadores de madeira, foram resgatados por uma equipe
da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas
(SRTE-AM), em parceria com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb).
O resgate dos trabalhadores ocorreu nos municípios de Codajás e
Manacapuru, durante ações realizadas ao longo desta semana. No grupo
havia dois adolescentes de 15 e 16 anos de idade. Quatro embarcações
irregulares foram apreendidas.
Esta
foi a primeira operação do BPAmb em parceria com o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) contra crimes ambientais e trabalho análogo
escravo, respectivamente.
De
acordo com o sargento Souza Andrade, do Batalhão Ambiental, os
trabalhos iniciaram na última segunda-feira (26). Os primeiros
trabalhadores foram encontrados em meio às ações dos órgãos, na
terça-feira (27), ocasião em que as equipes identificaram na comunidade
Botafogo, no município de Codajás (a 240 quilômetros a oeste de Manaus),
um barco com pesca, oriundo de Coari (a 363 quilômetros a oeste de
Manaus). “Nesse barco se encontravam cinco pessoas trabalhando de forma
irregular. Diante da irregularidade nós fizemos a apreensão”, informou.
No
dia seguinte, mais duas embarcações foram apreendidas em Codajás, com
trabalhadores e proprietários que transportavam pescado. Um total de
quatro toneladas de peixe, entre tucunaré, pescada, surubim e acará-açu
seria trazido para Manaus, para ser comercializado.
Segundo
o sargento Souza Andrade, as quatro espécies de peixes não se encontram
no período de defeso, e dependendo do estado do pescado, será feita a
doação para instituições de caridade.
A quarta embarcação, que saiu de Beruri (a 173 quilômetros a sudoeste de Manaus), também no rio Solimões, foi apreendida em Manacapuru (a 68 quilômetros a oeste de Manaus), com 28 m³ de madeira sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para ser extraída. Entre a madeira apreendida havia peças de paricarã e louro-arito – utilizada para móveis. No barco haviam três trabalhadores e o proprietário da embarcação. A madeira também deve ser doada.
A quarta embarcação, que saiu de Beruri (a 173 quilômetros a sudoeste de Manaus), também no rio Solimões, foi apreendida em Manacapuru (a 68 quilômetros a oeste de Manaus), com 28 m³ de madeira sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para ser extraída. Entre a madeira apreendida havia peças de paricarã e louro-arito – utilizada para móveis. No barco haviam três trabalhadores e o proprietário da embarcação. A madeira também deve ser doada.
Ainda
segundo o militar, todos os proprietários das quatro embarcações serão
autuados por crimes ambientais na Delegacia Especializada em Meio
Ambiente (Dema), onde o caso foi registrado.
A Capitania dos Portos identificou que a embarcação com madeira estava sobrecarregada, devido a grande quantidade transportada.
Trabalho Escravo
“A
operação é um trabalho do grupo especial de fiscalização móvel. Foi
constatada jornada excessiva de trabalho de 24 horas, inclusive de
menores. Os proprietários dos barcos vão receber auto de infração do
Ministério do Trabalho, eles podem acabar respondendo com ações civis,
não só perante a esfera administrativa, como na judicial. Os
trabalhadores vão receber Carteira de Trabalho, três parcelas do seguro
desemprego e rescisões trabalhistas dos patrões”, explicou o coordenador
da fiscalização do MTE, Raul Vital.
O
trabalhador Carlos Júnior, 28, disse que há 11 dias se deslocou para a
comunidade Piorini, no interior de Coari, para trabalhar em uma das
embarcações de pescado. “Topei pela necessidade de sustentar a família”,
disse Carlos que mora com três irmãos e os pais.
Sistema
O
dono da embarcação "Israel", com o carregamento de pescado, Acácio
Cesário Carvalho, 48, alegou que geralmente trabalha em sociedade, sem
carteira assinada para os ajudantes. O homem disse que não sabia que
havia irregularidade. Conforme as explicações dele, o pagamento dos trabalhadores é feito de acordo com o valor arrecadado da produção.
“Se
for, por exemplo, R$ 10 mil, e a despesa do barco for R$ 5 mil, nós
tiramos 30% para despesa do motor e o resto dividimos com os pescadores,
que dá uma base de R$ 900 por mês. Mas não é toda vez que é assim. Em
algumas situações não tiramos nem o da despesa", explicou. "Nós pescamos
nos rios da região lá de Coari. A comercialização do pescado é feita em
Manaus”, acrescentou.
Entretanto, segundo a fiscalização, cada trabalhador recebia R$ 100 por semana.
De
acordo com a SRTE-AM, os donos das embarcações serão autuados por crime
ambiental, e podem responder na Justiça, pelos crimes de exploração de
mão de obra. Além de responderem a processos com penas de 2 a 4 anos de
reclusão. O caso também vai ser encaminhado ao Ministério Público do
Trabalho (MPT-AM).
26 de novembro de 2012
Entrevista sobre Tráfico de Pessoas em Manaus
16 dias de ativismo contra a violência de gênero’ mobiliza organizações para lutar pelos direitos das mulheres
Postado na Adital
A Campanha Internacional ‘16 Dias de ativismo contra a Violência de Gênero’ dará início na próxima segunda-feira, dia 25, no marco do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, à sua 22ª edição. O Centro para a Liderança Global das Mulheres (CWGL) da Universidade de Rutgers, Estados Unidos, em conjunto com milhares de organizações ao redor do mundo, realiza a campanha para exigir o fim da violência contra as mulheres e apelar aos governos para que garantam sua proteção.
Para o CWGL, o período escolhido para a ação, de 25 de novembro a 10 de dezembro, não só garante mais visibilidade ao Dia Internacional contra a Violência contra a Mulher e ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), como também relaciona a violência de gênero a uma violação aos direitos humanos.
Com base em sugestões, neste ano, o tema global da campanha continuará sendo: ‘Da Paz no lar à Paz no mundo: Vamos desafiar o Militarismo e pôr fim à Violência contra as Mulheres!’. Os subtemas da campanha são: Violência sexual e de gênero cometida por agentes do Estado, sobretudo policiais ou militares; Proliferação de armas de pequeno porte e seu papel na violência doméstica; e Violência sexual e depois do conflito.
No Brasil, será abordada a temática ‘Compromisso e atitude pela Lei Maria da Penha – a lei é mais forte’, que pretende mobilizar a sociedade e promover a atuação conjunta entre governo e justiça a fim de diminuir a impunidade nos crimes contra as mulheres. No dia 28 de novembro, no Distrito Federal, a partir de 18h, na passagem subterrânea da 102/202 Norte, um grupo de grafiteiros/as de Brasília e do Rio de Janeiro fará um mural temático pelo fim da violência contra as mulheres. Veja mais aqui.
Já na Argentina, o tema da campanha será ‘Argentina frente aos compromissos internacionais de Caro e Beijing’ e se correlaciona às metas estabelecidas na 4ª Conferência Internacional da Mulher em Beijing, realizada em setembro de 1995 na China. A Fundação para Estudo e Investigação da Mulher (Feim) apresentou o relatório ‘Beijing + 15. Igualdade de gênero: das palavras aos fatos”, que avalia os avanços e os obstáculos no país no cumprimento da Plataforma de Ação instituída na Conferência citada acima.
A poucos dias da comemoração internacional, uma das iniciativas mais inovadoras é a Campanha de Cartas de Mulheres no Peru, que busca tornar visível para as mulheres "um crime que afeta toda a sociedade e tem enormes custos sociais e econômicos em escala nacional e mundial”, assinala Maria del Carmen Panizzo, coordenadora do Programa Regional ComoVoMujer, em referência ao feminicídio.
As cartas convidam as mulheres a compartilhar experiências, medos e esperanças diante da violência para que, ao final dos testemunhos, as autoridades possam revisar as normas e melhorar as políticas públicas do país.
Dados do feminicídio no mundo
De acordo com a consultora jurídica de Direitos Humanos do portal Feminicidio.net, Elena Laporta, a América Latina tem as taxas de feminicídio mais elevadas do mundo. "Dos 25 países com maior número de feminicídios, mais de 50% estão na América: quatro no Caribe, quatro na América Central e seis na América do Sul. Outros sete se encontram na Europa, três na Região Norte e mais três na Região Oeste. Dos restantes, três estão na Ásia e um na África”, detalhou.
Aproximadamente 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano em nível global, o que representa 17% do total de mortes violentas. Ademais, os países com maiores taxas de homicídio contra mulheres são África do Sul, El Salvador, Jamaica e Guatemala segundo aponta o relatório ‘Carga global da violência armada 2011.
O dia 25 de novembro, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, presta também homenagem a Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, três irmãs ativistas políticas assassinadas na ditadura da República Dominicana.
Mais informações no site www.16dayscwgl.rutgers.eduou redes sociais: Facebook: http://www.facebook.com/16DaysCampaigne Twitter: @CWGL_Rutgers
A Campanha Internacional ‘16 Dias de ativismo contra a Violência de Gênero’ dará início na próxima segunda-feira, dia 25, no marco do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, à sua 22ª edição. O Centro para a Liderança Global das Mulheres (CWGL) da Universidade de Rutgers, Estados Unidos, em conjunto com milhares de organizações ao redor do mundo, realiza a campanha para exigir o fim da violência contra as mulheres e apelar aos governos para que garantam sua proteção.
Para o CWGL, o período escolhido para a ação, de 25 de novembro a 10 de dezembro, não só garante mais visibilidade ao Dia Internacional contra a Violência contra a Mulher e ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), como também relaciona a violência de gênero a uma violação aos direitos humanos.
Com base em sugestões, neste ano, o tema global da campanha continuará sendo: ‘Da Paz no lar à Paz no mundo: Vamos desafiar o Militarismo e pôr fim à Violência contra as Mulheres!’. Os subtemas da campanha são: Violência sexual e de gênero cometida por agentes do Estado, sobretudo policiais ou militares; Proliferação de armas de pequeno porte e seu papel na violência doméstica; e Violência sexual e depois do conflito.
No Brasil, será abordada a temática ‘Compromisso e atitude pela Lei Maria da Penha – a lei é mais forte’, que pretende mobilizar a sociedade e promover a atuação conjunta entre governo e justiça a fim de diminuir a impunidade nos crimes contra as mulheres. No dia 28 de novembro, no Distrito Federal, a partir de 18h, na passagem subterrânea da 102/202 Norte, um grupo de grafiteiros/as de Brasília e do Rio de Janeiro fará um mural temático pelo fim da violência contra as mulheres. Veja mais aqui.
Já na Argentina, o tema da campanha será ‘Argentina frente aos compromissos internacionais de Caro e Beijing’ e se correlaciona às metas estabelecidas na 4ª Conferência Internacional da Mulher em Beijing, realizada em setembro de 1995 na China. A Fundação para Estudo e Investigação da Mulher (Feim) apresentou o relatório ‘Beijing + 15. Igualdade de gênero: das palavras aos fatos”, que avalia os avanços e os obstáculos no país no cumprimento da Plataforma de Ação instituída na Conferência citada acima.
A poucos dias da comemoração internacional, uma das iniciativas mais inovadoras é a Campanha de Cartas de Mulheres no Peru, que busca tornar visível para as mulheres "um crime que afeta toda a sociedade e tem enormes custos sociais e econômicos em escala nacional e mundial”, assinala Maria del Carmen Panizzo, coordenadora do Programa Regional ComoVoMujer, em referência ao feminicídio.
As cartas convidam as mulheres a compartilhar experiências, medos e esperanças diante da violência para que, ao final dos testemunhos, as autoridades possam revisar as normas e melhorar as políticas públicas do país.
Dados do feminicídio no mundo
De acordo com a consultora jurídica de Direitos Humanos do portal Feminicidio.net, Elena Laporta, a América Latina tem as taxas de feminicídio mais elevadas do mundo. "Dos 25 países com maior número de feminicídios, mais de 50% estão na América: quatro no Caribe, quatro na América Central e seis na América do Sul. Outros sete se encontram na Europa, três na Região Norte e mais três na Região Oeste. Dos restantes, três estão na Ásia e um na África”, detalhou.
Aproximadamente 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano em nível global, o que representa 17% do total de mortes violentas. Ademais, os países com maiores taxas de homicídio contra mulheres são África do Sul, El Salvador, Jamaica e Guatemala segundo aponta o relatório ‘Carga global da violência armada 2011.
O dia 25 de novembro, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, presta também homenagem a Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, três irmãs ativistas políticas assassinadas na ditadura da República Dominicana.
Mais informações no site www.16dayscwgl.rutgers.eduou redes sociais: Facebook: http://www.facebook.com/16DaysCampaigne Twitter: @CWGL_Rutgers
25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher
Postado na Adital
O dia 25 de novembro foi instituído pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Todos os anos desde 1999, governos, organizações não governamentais e instituições outras promovem neste dia atividades de sensibilização sobre o problema da violência contra a mulher, que atinge mais da metade da população mundial sem distinção de cor, raça e classe social.
É importante colocar que não só as mulheres, mas a maioria dos homens tem se posicionado e contribuído em favor da efetividade da Lei Maria da Penha, preocupados que estão em garantir um futuro sem violência para suas descendentes. Porém é imperioso que os gestores públicos, de forma maciça, invistam na criação das políticas públicas imprescindíveis (Delegacias da Mulher, Centros de Referencia, Casas Abrigo e Juizados da Violência Doméstica) para fazer a lei sair do papel e funcionar de verdade.
Afinal, porque tanta resistência quando a principal finalidade da Lei 11340 não é a de punir homens, mas punir o homem agressor que por não saber tratar sua mulher como pessoa humana pratica atos que ferem o seu desenvolvimento, autoestima, integridade e dignidade?
É importante que os gestores públicos que resistem em enfrentar a violência doméstica atentem que esse tipo de violência também contribui para o aumento da violência urbana, pois antecipa o desejo dos filhos saírem de casa, levando-os a situação de rua e conseqüentemente ao alcoolismo, drogadição, prostituição e delinquência. Como desejar uma cultura de paz no mundo se nós não a temos nem dentro de nossas próprias casas?
Nós do Instituto Maria da Penha estamos empenhados em resgatar os valores da família que estão se perdendo na sociedade (respeito mútuo, carinho, incentivo, acolhimento, harmonia, diálogo, enfim, o amor) e acreditamos que educar para estes valores é a única forma de plantarmos as sementes de uma sociedade mais justa e igualitária e neste sentido não podemos esquecer a recomendação da OEA de incluir nos currículos escolares a importância do respeito à mulher, a seus direitos e ao manejo dos conflitos intrafamiliares. (Relatório Caso Maria da Penha, nº54/01).
A propósito, gostaria de louvar a iniciativa, sem precedentes, do INSS de fazer ações regressivas dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, nas quais o agressor devolverá aos cofres públicos o recurso que foi utilizado com a vítima de violência doméstica. Este exemplo de enfrentamento poderá ser transformado em uma tecnologia social e replicado pelos demais órgãos do Governo.
Seis anos já se passaram desde a criação da Lei Federal 11340, batizada com o meu nome e é reconfortante ouvir depoimentos emocionados de mulheres que se autointitulam "salvas pela Lei”. É isto que não nos deixa parar e alimenta a nossa esperança de um futuro melhor para as nossas descendentes.
O dia 25 de novembro foi instituído pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Todos os anos desde 1999, governos, organizações não governamentais e instituições outras promovem neste dia atividades de sensibilização sobre o problema da violência contra a mulher, que atinge mais da metade da população mundial sem distinção de cor, raça e classe social.
É importante colocar que não só as mulheres, mas a maioria dos homens tem se posicionado e contribuído em favor da efetividade da Lei Maria da Penha, preocupados que estão em garantir um futuro sem violência para suas descendentes. Porém é imperioso que os gestores públicos, de forma maciça, invistam na criação das políticas públicas imprescindíveis (Delegacias da Mulher, Centros de Referencia, Casas Abrigo e Juizados da Violência Doméstica) para fazer a lei sair do papel e funcionar de verdade.
Afinal, porque tanta resistência quando a principal finalidade da Lei 11340 não é a de punir homens, mas punir o homem agressor que por não saber tratar sua mulher como pessoa humana pratica atos que ferem o seu desenvolvimento, autoestima, integridade e dignidade?
É importante que os gestores públicos que resistem em enfrentar a violência doméstica atentem que esse tipo de violência também contribui para o aumento da violência urbana, pois antecipa o desejo dos filhos saírem de casa, levando-os a situação de rua e conseqüentemente ao alcoolismo, drogadição, prostituição e delinquência. Como desejar uma cultura de paz no mundo se nós não a temos nem dentro de nossas próprias casas?
Nós do Instituto Maria da Penha estamos empenhados em resgatar os valores da família que estão se perdendo na sociedade (respeito mútuo, carinho, incentivo, acolhimento, harmonia, diálogo, enfim, o amor) e acreditamos que educar para estes valores é a única forma de plantarmos as sementes de uma sociedade mais justa e igualitária e neste sentido não podemos esquecer a recomendação da OEA de incluir nos currículos escolares a importância do respeito à mulher, a seus direitos e ao manejo dos conflitos intrafamiliares. (Relatório Caso Maria da Penha, nº54/01).
A propósito, gostaria de louvar a iniciativa, sem precedentes, do INSS de fazer ações regressivas dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, nas quais o agressor devolverá aos cofres públicos o recurso que foi utilizado com a vítima de violência doméstica. Este exemplo de enfrentamento poderá ser transformado em uma tecnologia social e replicado pelos demais órgãos do Governo.
Seis anos já se passaram desde a criação da Lei Federal 11340, batizada com o meu nome e é reconfortante ouvir depoimentos emocionados de mulheres que se autointitulam "salvas pela Lei”. É isto que não nos deixa parar e alimenta a nossa esperança de um futuro melhor para as nossas descendentes.
21 de novembro de 2012
Encontro Nacional da Rede Um Grito Pela Vida.
COM REFERENCIAIS DOS NÚCLEOS
Nos dias 02 a 04 de novembro de 2012, em
Brasília/DF, No Centro Cultural Missionário - CCM, realizou-se o encontro
ampliado da coordenação com as (os) referenciais dos núcleos da REDE “UM GRITO PELA VIDA”. Esse encontro
teve como objetivo fortalecer a articulação da Rede, aprofundar a temática do Trafico de Pessoas no contexto brasileiro,
em tempos de grandes eventos e definir e planejar a atuação da Rede na Campanha
da Fraternidade 2014 e na campanha preventiva durante a Copa do Mundo.
A
chegada das/dos 26 participantes, representando 22 estados, foi com muita
expectativa, entusiasmo e interesse, a fim de viverem momentos de partilha e de
traçar caminhos para uma atuação profético-missionária da Rede, em tempos de
grandes eventos em nosso país. Os momentos de mística fortaleceram este
propósito, fazendo
um elo entre a vida e a Palavra, que nos convida a, de olhos fixos em Jesus, avançar para águas mais profundas.
Num
primeiro momento, houve uma rica e significativa partilha daquilo que as
Regionais vêm realizado. Logo depois, as Irmãs Eurides Alves de Oliveira e
Roseli Consoli do Prado, da equipe
de coordenação nacional, apresentaram um histórico da atuação da
Rede nos últimos anos.
Na
manhã do dia 03, o advogado Renato Roseno, defensor dos direitos humanos, fez
uma explanação que proporcionou o aprofundamento da temática do Tráfico de
Pessoas no contexto sócio-político do Brasil. No período da tarde, Irmã
Gabriella Bottani, membro da coordenação nacional e representante da Rede Um
Grito pela Vida na Rede Internacional da Vida Consagrada Talitha kum, após
breve introdução sobre os impactos da copa do mundo de 2014 no Brasil, orientou
o trabalho de grupo na perspectiva de definir e planejar a atuação da Rede na campanha da Fraternidade
2014 e na campanha preventiva durante a
referida copa.
Registramos
a presença marcante de Ir. Márian Ambrósio, Presidente da CRB Nacional, que, em
suas palavras, agradeceu aos membros da Rede a significativa atuação e
visibilidade que a mesma vem conquistando em âmbito nacional. Este
dia foi concluído com a celebração eucarística e uma alegre e festiva noite
recreativa.
No
dia 04, teve lugar a reflexão e os encaminhamentos sobre o material
Institucional, na perspectiva da Copa e da Campanha da Fraternidade, em 2014, e
a organização do encontro nacional 2013. Esse encontro foi um marco na
caminhada da Rede, que vem dando novos e significativos passos na sua missão e
compromisso no enfretamento do Tráfico de Pessoas.
16 de novembro de 2012
14 de novembro de 2012
12 de novembro de 2012
Reportagem TV Amazon Sat - Manaus
10 de novembro de 2012
Material sobre tráfico de pessoas.
Olá pessoal, tem um instrumento que nos disponibiliza material sobre o tráfico de pessoas, vamos acessar.
Zhttps://www.dropbox.com/sh/47a57uy21skm9d1/YDwoLmNlrZ
Zhttps://www.dropbox.com/sh/47a57uy21skm9d1/YDwoLmNlrZ
6 de novembro de 2012
Entrevista exclusiva com uma ex-prostituta que foi levada para a Europa pelo tráfico de mulheres.
7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas na América Latina termina nesta sexta feira, 21/09/2012 - Natasha Pitts * Adital
Terminou nesta
sexta-feira (21) o 7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de
Pessoas na América Latina. O encontro, organizado pela Fundação Memorial da
América Latina e o Instituto Latino-Americano de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos, estava acontecendo na Biblioteca Latino-americana Victor Civita em São
Paulo (Brasil) com a participação de acadêmicos, religiosos, leigos, operadores
da justiça para o tema do tráfico de pessoas, entre outros interessados.
Foram temas da programação neste
último dia "O Protagonismo da Sociedade Civil no Enfrentamento ao Tráfico
de Pessoas no Brasil e América Latina", "O Papel Político-Pedagógico
da Mídia no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil e América
Latina", "As Experiências Internacionais de Migração e Enfrentamento
ao Tráfico de Pessoas: Um Paralelo com a América Latina" e "Migração
e Tráfico de Travestis e Transexuais: Enfrentamento à Exploração Sexual e Proteção
aos Direitos da Diversidade Sexual".
Anália Ribeiro, diretora do departamento de
Políticas Públicas da América Latina do
Instituto Latino Americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos
(Iladh), acompanha a realização deste
encontro desde sua primeira edição. Para ela, este encontro se destacou frente
aos outros realizados anteriormente.
"O 7º Encontro é um marco
do ponto de vista da qualidade. Este momento deu mais visibilidade ao tema,
gerou dados e informações mais precisas, vasto material acadêmico e serviu
também para estimular os Estados a agirem e a promoverem a integração de ações.
Foi também uma oportunidade para mostrar a ineficiência que ainda persiste da
rede integral de atenção às vítimas", destacou.
Anália também chamou atenção para
um tema discutido no primeiro dia do Encontro, o 2º Plano Nacional de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Ela, assim como outros atores sociais
ativas na luta contra o tráfico de seres humanos, estão ansiosos pela
divulgação e concretização desta ferramenta.
"A sociedade civil,
movimentos sociais, operadores da justiça para o tema do tráfico de pessoas e
demais envolvidos com o tema estão torcendo para que haja logo a implementação
do II Plano. Sabemos que não existe vontade política para que o plano seja
desengavetado, visto que está na Casa Civil e na Presidência. Houve um esforço
conjunto para a construção do plano, por isso queremos a implantação deste
mecanismo que avança em vários aspectos em comparação ao primeiro".
Balanço - O 7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas
na América Latina reuniu cerca de 200 pessoas. Além dos participantes da
Colômbia, Bolívia, Peru, El Salvador, Equador e demais países da América Latina
também houve a presença de atores sociais que lutam contra o tráfico de pessoas
no Canadá, Estados Unidos, Itália, Camboja, além de outros países da Ásia e
Europa.
Participaram estudiosos,
pesquisadores do tema, pessoas que desenvolvem trabalhos na área, religiosos,
leigos, operadores da justiça para o tema do tráfico de pessoas e
representantes da diversidade sexual, segundo acrescentou Anália.
A diretora do departamento de
Políticas Públicas do Instituto Latino Americano considerou o encontro um
exercício para de fato se formar agentes multiplicadores mais capacitados sobre
a temática.
CAPACITAÇÃO DA REDE UM GRITO PELA VIDA/SP SOBRE “TRÁFICO DE PESSOAS EM TEMPOS DE MEGAEVENTOS
Com
a participação de religiosas/os e leigos, trabalhamos o tema acima, utilizando
a metodologia latino-americana do VER, JULGAR e AGIR, e completando os slides
com dados recentes, atualizados face a cada situação.
O
objetivo da Capacitação foi o de dar conhecimento, informações sobre esta
realidade, 2º crime mundial e tratado desde o dia 22, na novela das 21h, na
Globo, sob a direção da Glória Perez, assim como o tema que será tratado na CF
2014 – “Fraternidade e Tráfico Humano”.
E formarmos multiplicadores, nas suas áreas de atuação.
Antes
de iniciar o VER, foi apresentada a Rede na fala da Ir. Eurídes Alves de Oliveira, assim como a música e
letra da Ir. Miria Kolling, composta especialmente para a Rede Um Grito pela
Vida.
No
VER, abordamos a Realidade dos
Megaeventos anteriores, acontecidos na Alemanha e na África do Sul, e suas
consequências, já pensando no que poderá vir a acontecer no Brasil, a partir de
2013. Também apresentamos a Realidade
dos Grandes Projetos, como a construção de 12 estádios nas cidades-sede da
Copa e o absurdo crescimento dos gastos, a partir da previsão inicial, em
detrimento dos serviços básicos à população, assim como a violação aos direitos humanos e afronta à dignidade
das pessoas e do próprio Deus. Esta realidade nos interpela profundamente na
vivência dos nossos carismas fundacionais que trazem a missão de defender a
vida ameaçada.
Ainda
vimos o que está acontecendo em São Paulo, com os incêndios provocados
criminalmente nas favelas para a “higienização social” da área, a fim de
atender aos interesses dos empresários e construtoras. Mesmo a instalação de
uma CPI formada pelos vereadores e criada para averiguar as causas dos
incêndios não foi à frente, porque se descobriu que os vereadores receberam
propinas dos empresários para as suas
eleições em 2008 e 2012, a fim de não chegar a nenhuma conclusão.
Por
fim, no VER, apresentamos, sempre com a partilha dos participantes, os Impactos da Copa na vida das mulheres.
Em
todo o tempo os slides eram completados com as informações mais recentes em
cada situação.
Tivemos,
após o almoço compartilhado, o JULGAR , utilizando um texto bíblico e perguntas
pertinentes à realidade das “escravas” de hoje, os responsáveis por esta
situação e os nomes concretos dos grupos envolvidos criminalmente. Depois, os
grupos de trabalho apresentaram de forma criativa o que discutiram.
Encerramos
o dia do com uma avaliação dos participantes e mística para finalizar os
trabalhos do dia.
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