Membro da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de Pessoas "TALITHA KUM"

29 de março de 2012

NOTÍCIAS DA REDE DE MANAUS

por Rose Bertoldo, icm


Inseridas na Rede Um Grito Pela Vida  de combate e prevenção ao Tráfico de Pessoas, as Irmãs do Imaculado Coração de Maria que integram a comunidade Bem-Aventurada Bárbara Maix, em Manaus/AM, participaram da primeira reunião da Rede, em 2012, ocorrida no mês de março. O encontro marcou a retomada das atividades do grupo.
Foram avaliadas as iniciativas realizadas no ano de 2011 bem como as atividades  projetadas para 2012. A ênfase dos trabalhos acontecerão com as mobilizações de  prevenção ao Tráfico de Pessoas na Copa do Mundo de 2014, uma vez que a capital do Amazonas sediará os jogos do mundial. Também as ações da Rede desenvolvidas a nível nacional foram avaliadas pelas/os religiosas/os inseridos na causa. 
A primeira reunião também definiu as ações conjuntas das Congregações como a mobilização na semana do dia 18 de maio (combate a exploração sexual de crianças e adolescentes) que contará com distribuição de material, realização de uma oficina  para religiosas/os e agentes das pastorais sociais e uma caminhada. Também içou definido a realização do  Seminário Estadual que acontecerá no mês de setembro.  Ficou acertado ainda que os encontros da Rede local acontecerão sempre na última 4ª feira de cada mês.
ICM na  Prevenção ao Tráfico de Pessoas
Já sobre as ações específicas ICM na linha de ação contra o Tráfico de Seres Humanos, a comunidade Bem-Aventurada Bárbara Maix planejou diversas atividades que serão realizadas durante o ano tendo como objetivo: Contribuir no processo de sensibilização e prevenção ao Tráfico de pessoas, colaborando na promoção e defesa da vida, junto aos sujeitos específicos.
Objetivos específicos
Ações
Contribuir no processo de sensibilização e prevenção do TP
Oficinas, encontros, roda de conversas, distribuição de material  nos diversos grupos.
Mobilizar, grupos, igrejas, escolas para a Campanha de assinaturas CF 2014.

Coleta de assinaturas para a CF
Integrar a Rede Um Grito Pela Vida
Participar de reuniões mensais, oficinas de sensibilização, seminário, palestras.
Tornar visível as ações de prevenção e combate ao TP
Divulgação das ações, elaboração de material informativo e formativo , TV, rádios, blog, jornais locais...
Acompanhamento aos migrantes Haitianos
Cadastro e documentação, acompanhamento diverso: emprego, saúde, formação.
Das atividades  já realizada este ano,  em Manaus, a comunidade destacou  a mobilização feita na Semana da Mulher. A Comunidade ICM marcou presença com Irmã Celina Lóh que contribuiu com o grupo de mulheres no Bairro Alfredo Nascimento, área missionária Santa Margarida de Cortona. No local, o Tráfico de Pessoas foi tema de uma oficina de trabalho, contribuindo para sensibilizar e informar as mulheres sobre a problemática do Tráfico. Neste mesmo encontro, foi realizada a coleta assinaturas para que este tema motive a Campanha da Fraternidade em 2014.
“Destacamos também o inicio das  visitas as comunidades ribeirinhas, que  ficam distante três horas de barco da capital, com visitas as famílias, conhecimento das lideranças comunitárias e rodas de conversa”, informou Irmã Roselei Bertoldo, que integra a comunidade junto com as Irmãs Celina Lóh, Santina Perin e Fabiana Mânica.
Rede Um Grito Pela Vida
Encabeçada pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), a Rede Um Grito Pela Vida atua na sensibilização e prevenção ao tráfico de pessoas. Religiosos/as de diversas Congregações vão as escolas, comunidades, grupos, ONGs, igrejas e associações para alertar para esta nova modalidade de crime que cresce e vitima sobretudo mulheres, adolescentes e jovens. Mais informações estão disponíveis no blog: redeumgritopelavida.blogspot.com

8 de março de 2012

8 de março: Evento núcleo São Paulo


A  Rede um Grito Pela Vida, núcleo São Paulo, realizou ontem (07 de março) um  evento de sensibilização com o tema: “Os riscos do tráfico de mulheres em tempos de megaeventos”.
 Com a assessoria de Ir. Eurides Alves de Oliveira, ICM- Socióloga,  cerca de 90 pessoas se reuniram no Auditório Paulinas para refletir  e aprofundar a temática .
Em sua fala, a Irmã Eurides destaca que o Tráfico de pessoas é uma questão complexa, que possui diferentes facetas e diversas causas, que é um fenômeno ligado à globalização capitalista. Fruto de uma série de fatores inter-relacionados: oportunidades de trabalho, fluxos migratórios, busca por melhores condições de vida, desigualdades sociais, de classe, gênero, de etnia, paradigmas culturais, morais sexistas...
Ela cita que   a  crueldade do Tráfico de pessoas e do trabalho escravo exige uma opção pastoral decidida e inegociável, e que o Enfrentamento  ao Tráfico de Pessoas foi oficialmente assumido pela Igreja no Brasil, CNBB, nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, (nº 107 e 111)  “O serviço à vida começa pelo respeito à dignidade da pessoa humana... “Atenção especial merecem também os migrantes forçados pela busca de trabalho e moradia... as vítimas do Tráfico de pessoas”. 
Adentrando no tema comenta que  Brasil sediará alguns megaeventos, e  segundo o Ministério do Turismo, aproximadamente 500 mil turistas estrangeiros devem visitar o Brasil durante a Copa do Mundo e mais dezenas de milhões de brasileiros devem movimentar-se entre as cidades-sede.
Por um lado isso é bom ! Movimenta  a economia,  gera milhares de empregos torna o Brasil conhecido.... mas, traz junto... trabalho análogo à escravidão... aumento do trabalho infantil.. exploração sexual de crianças e adolescentes...higienização social...
Segue com uma citação de Mariana Cristina Moraes da Cunha :
 “O tráfico de mulheres é uma forma moderna de tráfico de escravos, pois sequestra mulheres, em especial jovens, de seus países e as obriga a trabalhar como profissionais do sexo muitas vezes em troca de um prato de comida, em regime fechado, aprisionadas. Anualmente quatro milhões de pessoas, em sua maioria mulheres jovens, são traficadas. De acordo com o Parlamento Europeu, a indústria sexual ilegal acumula, por ano, de 5 a 7 bilhões de dólares.
Com o ufanismo dos megaeventos, a esperança de melhorar de vida, aproveitando os grandes negócios, a indústria sexual ludibria as mulheres jovens e pobres com a possibilidade de trabalharem nos eventos da copa do mundo. Prometem que elas serão garçonetes, cozinheiras, as transportando de seu país de origem (países subdesenvolvidos, da América Latina, África e Ásia) sem nenhum dinheiro ou garantia de retorno e as levam para serem escravas sexuais disponíveis para os frequentadores dos megaeventos.
Na Copa do mundo em 2006 na Alemanha, o fato da prostituição ser legalizada foi um diferencial para a realização dos jogos lá. Este fato permitiu que a indústria do sexo não tivesse grandes problemas para traficar para a Alemanha nada menos que 40 mil mulheres, importadas da Europa central e do leste, para abastecer um gigantesco complexo ligado à prostituição.
Foi construída uma megacasa de prostituição, ao lado do principal estádio do país, com capacidade para 650 homens usufruírem de seus serviços simultaneamente. Vemos que o capitalismo se utiliza da legalização da prostituição, uma lei feita para proteger as profissionais do sexo, para potencializar seus lucros, explorando o corpo da mulher.
Já na Copa do Mundo na África do Sul, a prostituição não era legalizada, mas este país já fazia parte da rota de tráfico de mulheres, o que o tornava atrativo para ser sede de tais jogos.
A FIFA, grande agenciadora dos interesses das transnacionais, pressionou a África do Sul para que legalizasse a prostituição, o que não ocorreu. No entanto, os governantes deste país fizeram vistas grossas e o tráfico de mulheres (sequestro de meninas) aumentou ainda mais neste período de jogos mundiais. Segundo o porta-voz da polícia de Maputo, capital de Moçambique, essas meninas estavam sendo vendidas por US$ 670.”
Após o aprofundamento do tema, e um debate aberto, Ir. Eurides finaliza nos provocando que: A Erradicação do Tráfico de Pessoas  é uma tarefa urgente e necessária, sobre tudo em tempos de mega eventos.... 
Não deixemos que o fetiche dos mega eventos nos paralise. Gritemos pela VIDA! Somos mulheres e não mercadorias!
Núcleo da Rede -SP com a assessora Ir. Eurides

7 de março de 2012

SAGRADO CORPO

por Tea Frigerio



Este é um chamado para mulheres de todas as idades.
Este chamado está dentro de você.
É uma lembrança de um valor maior...
É a sensação de enorme força interior...
É algo em mim que sabe...
É um pedido do coração para retornar a Fonte.
Tudo vem do Feminino.
O Grande Mistério, útero que gera a vida.
A Existência Imortal, matéria básica onde tudo é criado.
É o espaço do vazio.
É o Poder da transformação.
Ser mulher de corpo é um desafio.
Ser mulher de corpo e alma, é a maestria de que viemos viver aqui e agora.
O símbolo sagrado do Feminino é o Círculo.
Assim, apenas acessamos o verdadeiro Poder do aspecto Feminino do Divino em círculos de mulheres que compartilham sua vida e desenvolvem a verdadeira cumplicidade, através da revelação, acolhimento e receptividade.
Resgatar a Deusa interiormente é também resgatá-la na Consciência do Planeta.
Nesse momento global, a Força Feminina clama nas mulheres, para que promovam a Paz, para que formem círculos com verdadeiro compromisso de reverenciar a Deusa em cada integrante, dissolvendo a competição desenfreada do mundo.
A Força do Feminino não está no destaque, ou na liderança, mas no
Poder do Círculo Sagrado.
Assim, cada mulher é uma face da Deusa, um elo para formar o Círculo.
O Poder do Feminino circula na horizontal.
Uma mulher com o Feminino integrado flui e deixa fluir dentro do Círculo.
Uma mulher que integra o Feminino em si, flui em seu ciclo menstrual.
Acompanha livremente as fazes de seu corpo, de sua alma e da Natureza.
Uma mulher com o Feminino integrado contribui para a perpetuação do Ciclo da Vida.

6 de março de 2012

A Rede Um Grito pela Vida acompanha a peregrinação da Cruz do DMJ na Arquidiocese de Fortaleza

por ir. Gabriella Bottani, imc


Nos dias 1 e 2 de março de 1012 a Rede Um Grito pela Vida participou da peregrinação da Cruz e do Icone de Nossa Senhora na arquidiocese de Fortaleza, no Bom Jardim (Fortaleza, CE) com o apoio e participação da Juventude Missionária e em Pajuçara (Maracanaú, CE) com a Pastoral da Juventude.
A Rede Um Grito pela Vida,  foi convidada para trazer presente a realidade do Tráfico de Pessoas, sobretudo no Estado do Ceará e na Arquidiocese de Fortaleza.
A realidade do Tráfico de Pessoas para fins de exploração sexual foi apresentada em uma mística que trouxe situações de tráfico de pessoas da realidade da arquidiocese.
O texto completo da mística apresentada encontra-se no página "atividades da rede"